Este material apresenta uma análise crítica aprofundada sobre os principais equívocos cometidos na aplicação tradicional da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) no Transtorno do Espectro Autista (TEA), sob a ótica da Neurovisão, da Neurociência da Visão e da Neuroplasticidade Clínica.
Baseado em evidências atualizadas, incluindo os estudos mais recentes do Comitê Europeu para Autismo de 2024, o autor demonstra como falhas visuais e sensoriais são frequentemente ignoradas por protocolos rígidos e desatualizados, comprometendo o desenvolvimento real dos indivíduos autistas.
Entre os temas abordados, destacam-se:
– A importância das habilidades visuofuncionais antes de qualquer tentativa de reconhecimento ou categorização;
– A compreensão dos efeitos neurológicos adversos do contato visual forçado;
– A hierarquia correta do desenvolvimento perceptual e sua relação com o comportamento;
– A falácia da generalização precoce e o papel da mielinização na aprendizagem;
– As limitações dos reforçadores visuais estáticos para cérebros que respondem melhor ao movimento e à saliência visual.
Este material é direcionado a profissionais que atuam com o público autista, como terapeutas ABA, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, educadores e pesquisadores que desejam compreender o autismo além do comportamento — a partir da biologia e da neurofunção visual.
A abordagem proposta não invalida a ABA, mas aponta com clareza científica quais aspectos devem ser revistos, adaptados e enriquecidos com conhecimento neurofuncional, respeitando a singularidade sensorial e perceptual de cada indivíduo.