Teologia e Amizade: A nossa formação pastoral. 25 anos da Turma do Seminário JMC: Luiz Carlos Gomes Ribeiro. Fonte Editorial. 2022. (vários autores)
O que pastores colhem, ao longo da vida, de todas estas horas dedicadas à visitação, ao aconselhamento e à mentoria? Muitas alegrias, mas também algumas lágrimas no seu rosto. Pessoas parecem ter baixíssima capacidade de reter lembranças dos dias dedicados ao cuidado de suas vidas, mas excelente memória para apontar os momentos em que suas expectativas não foram correspondidas.
Por isso, apesar das muitas horas dedicadas ao cuidado de algumas pessoas, os pastores precisam conviver com aqueles que decidem ir embora e atribuem a culpa a ele, o pastor. Por tudo isso, diante desta tentativa de descrever um pouco da rotina de alguém que serve na prática pastoral de uma comunidade cristã, desejo que você perceba a quantidade de situações, experiências, histórias, sorrisos e lágrimas que se acumulam ao longo de 25 anos.
Desconsiderando as férias anuais e as folgas semanais, isso representa aproximadamente 1.200 semanas, 7.200 dias e 60.000 horas dedicadas. Tempo este retribuído por alguns com gratidão e reconhecimento, por outros com ingratidão e críticas. Termino a apresentação deste conjunto de textos pastorais relembrando a importância de jamais esquecermos o “por quê” fazemos, “o que” fazemos e “como” fazemos. No “por quê” encontramos a motivação para o “o que”, e a inspiração para criar o “como”. Mas “por quê” os pastores fazem o que fazem? Porque eles amam a Jesus. Talvez, ao longo dos anos, envolvidos pelas inúmeras atividades e demandas, pastores se esquecem da fonte maior de motivação no pastoreio.
Logo, pastores cuidam das ovelhas de Cristo como expressão do seu amor por Jesus. Ovelhas respondem à dedicação pastoral com gratidão ou ingratidão, com reconhecimento ou com críticas. No entanto, a razão que deve mover os pastores no cuidado das ovelhas não está na relação com as ovelhas, mas sim na relação com o Senhor das ovelhas, Jesus.
Ótima leitura!