Com certeza você já ouviu alguma vez a famosa frase: “Pessoas feridas, ferem!”. É bem comum quando você vai em um hospital e entra em um ambiente onde há pessoas doentes, logo querer se proteger, porque tem medo de pegar alguma doença, ou alguma infecção. Muitas pessoas evitam ao máximo irem aos hospitais, por medo de entrar em um ambiente de enfermidades e acabarem contaminando-se com algo. Essa é uma preocupação compreensível, especialmente durante períodos de surtos de doenças contagiosas.
Um dia conversando com a Brenda, minha filha do meio, expliquei para ela que a nossa vida em sociedade é como um caminhão de laranjas. Imagine que você tenha um caminhão cheio de laranjas que acabaram de ser retiradas do pé, se você pegar uma laranja podre e jogar no caminhão, nos primeiros dias não irá fazer muito efeito, mas aos poucos as laranjas irão se contaminando, após uma semana não conseguiremos ver o quanto se alastrou aquela contaminação, mas a verdade é que, em um breve espaço de tempo, todas as demais laranjas
estarão contaminadas.
Isso não acontece somente com pessoas que estão enfermas fisicamente em um hospital, não acontece somente com alimentos ou frutas, é comum acontecer com pessoas feridas em sua alma.
Você já ficou perto de alguém que, durante todo o seu dia, tudo estava muito bem, mas ao se aproximar desta pessoa que tem feridas na alma e passar o dia ao lado dela, você começou a reclamar, ficar desanimado e até mesmo fazer fofocas desnecessárias? Algo pesado sobre você, algo
que começou a não te fazer bem. Infelizmente aconteceu com você uma contaminação, você começa agora a perceber que as “feridas da alma” do outro acabaram gerando em você uma contaminação. Porém não é no primeiro dia, não é na primeira semana, leva tempo, mas quando vemos estamos totalmente com uma “frequência baixa”.