O Negro Nazareno – Um Jesus que os Templos não Aguentam
Você já se sentiu deslocado na igreja ao ouvir sobre um Jesus que nunca viveu o que você vive? Já se pegou tentando encaixar sua pele, sua quebrada, sua história no retrato de um Cristo loiro de olhos azuis? Este livro é um grito, uma denúncia e uma reconstrução. O Negro Nazareno rompe com o cristianismo colonizado e te oferece algo que o púlpito tradicional jamais te deu: um Cristo que se parece com você.
Aqui, Jesus não é europeu, nem neutro, nem domesticado. Ele é negro, pobre, pedreiro, bastardo, periférico. Cresceu em Nazaré, uma cidade marginalizada; trabalhava com as mãos calejadas; foi filho de mãe falada, neto da fofoquinha da vila. Este Jesus não cabe em catedrais douradas nem se ajoelha para imperadores. Ele vive nas favelas, nas ocupações, nas rodas de samba e nos becos. Ele é resistência viva.
Capítulo por capítulo, o livro apresenta Jesus como você nunca viu: o festeiro, o treteiro, o bebum acusado, o homem do gueto, o subversivo que enfiou o chicote nos vendilhões do templo e virou a religião do avesso. O Cristo que não veio fundar igreja, mas que escolheu as margens como púlpito. Não é um manual de doutrina — é uma jornada de libertação. Uma teologia feita com os pés no barro e os olhos na injustiça.
Você vai se encontrar nas páginas em que a Bíblia é lida não com os olhos dos conquistadores, mas com a alma de quem sempre foi lido como o "outro". A cada capítulo, uma desconstrução de dogmas que nos oprimiram por séculos. Uma releitura latino-americana, negra e libertadora dos evangelhos. Com coragem, o livro desmascara a teologia higienizada da prosperidade, do moralismo, do castigo e do medo — e aponta para um evangelho que liberta, que denuncia e que acolhe.
Ao invés de tentar provar academicamente o que a história oficial apagou, O Negro Nazareno escolhe a linguagem da rua, do corpo, do coração. Não é um livro para te convencer — é para te lembrar de algo que você já sabia, mas que tentaram apagar em você. A fé não precisa ser branca, nem obediente, nem pacificada. Ela pode ser preta, indisciplinada, política. Ela pode ser sua.
Se você já cansou da religião que marginaliza mulheres, pessoas negras, LGBTs e pobres — então este livro foi escrito pra você. Se você não aguenta mais o evangelho dos paletós caros e das respostas prontas, prepare-se para reencontrar Jesus na fila do SUS, na quebrada, no peito de quem resiste.
Porque Jesus não fundou a religião. Ele foi a ruptura.
Porque o Cristo verdadeiro é o que os templos não aguentam.
O Negro Nazareno é a voz do subúrbio que um dia disseram que Deus não ouviria. Agora, ela fala. E grita. E te convida a escutar.