Disse certa vez Paul Claudel que "A música é a alma da geometria". Penso que o que o diplomata e dramaturgo francês quis dizer é que a música, a despeito da necessidade de notas, acordes e tons organizados dentro de uma lógica planejada e elegante, necessita também de instinto, de inspiração, de espontaneidade, enfim, de alegria.
A produção musical de Daniel da Hora reflete o que José Geraldo Nogueira Moutinho pensava da música: uma força que absorve o caos e o ordena. Daniel é, ao mesmo tempo, razão e paixão, cérebro e coração, inspiração e expiração. Alimenta-se de suas múltiplas fontes de conhecimento, acumuladas ao longo de uma vida cercada de leituras, canções e todas as demais formas de arte para celebrar a cultura, a vida, a beleza e os sentimentos humanos mais genuínos e tocantes.