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Aquele que estuda o Sabre Militar deve atentar a alguns pontos muito importantes que
diferem das outras armas que estão dentro do HEMA. As diferentes armas do HEMA, em sua
grande maioria, são voltadas para os duelos. Melhor dizendo: A maneira de empregá-las é
voltada para duelos. Quando o assunto é sabre militar ele não foge dessa finalidade,
entretanto os meios mudam.
Boa parte dos manuais de sabre militar, como os dois que vemos neste trabalho, são voltados
para o adestramento de uma tropa. Isso explica o motivo de a desenvoltura da luta aparentar
ser linear na pratica e nos exercícios. Diferente de um duelo, o combate em conjunto tem o
espaço de atuação individual muito reduzido, no que interfere na aplicação de determinadas
técnicas.
Estamos falando aqui de períodos de Guerras Napoleônicas, onde a ordem unida, a coesão,
disciplina e a geometria são peças fundamentais para o sucesso de uma unidade. A pólvora
já domina os campos de batalha, entretanto o combate corpo a corpo e as cargas de cavalaria
ainda são cruciais nas capitulações (não necessariamente todas)
A espada dentro das forças armadas, até os dias atuais, é sinônimo do oficialato, o que pode
até aparentar que os escritos de Roworth são voltados somente aos oficiais. Entretanto, não
foi alvo de estudos neste trabalho, mas Roworth ensina como lidar com baionetas fixadas em
mosquetes, a arma que dominava os campos de batalha de seu tempo.
Talvez algo que incomode bastante aqueles que entram no HEMA como uma prática
esportiva de primeira viagem é a postura muito formal e marcial. Além da marcialidade ser
um dos pilares das forças armadas e ser sinônimo de disciplina e adestramento, ela é
fundamental na hora do confronto. Mostrar certeza do que faz, independente do cansaço é
intimidador.