O Método SUPERPAVE® permite a estimativa do desempenho de qualquer tipo de mistura asfáltica (virgem ou reciclada, graduação densa ou aberta, modificada ou não modificada por polímeros), tentando evitar a deformação permanente nas trilhas de rodas, as trincas por fadiga e as trincas por origem térmica (baixa temperaturas), além de quantificar os efeitos do envelhecimento, da susceptibilidade à umidade e da perda de adesão.
No Brasil, o Método Marshall tem sido usado para a dosagem de misturas asfálticas, a exemplo do que ocorreu até a década de 1990, em mais de 75% dos Departamentos de Estradas de Rodagem dos Estados Unidos. Em 1995, foi introduzido o Método Superpave, que ao final de 2001 estava normalizado e em vigor em todos os estados norte-americanos, tanto para o projeto como para o controle de qualidade de misturas asfálticas.
O Método Superpave resultou do Programa de Pesquisa SHRP (Strategic Highway Research Program), que desenvolveu métodos de análise de materiais betuminosos e de misturas asfálticas com base em propriedades fundamentais, diretamente relacionadas ao desempenho dos pavimentos quando em serviço. Estabelecido pelo Congresso dos Estados Unidos, com uma dotação inicial de 150 milhões de dólares, o Programa SHRP tem realizado estudos e pesquisas relacionadas às áreas de asfaltos, desempenho dos pavimentos, concreto e estruturas e operação rodoviária.
Coordenado pelos Estados Unidos, tem a participação de 22 países, inclusive o Brasil. Seus resultados foram agrupados sob a denominação SUPERPAVE e consistem de: novas especificações para ligantes asfálticos e misturas betuminosas; um elenco de novos ensaios e procedimentos para dar suporte às especificações; um novo método de dosagem de misturas asfálticas; propostas de procedimentos para avaliação e desenvolvimento de modificadores (polímeros e borracha de pneus, por exemplo); um sistema para controle da construção nas pistas.
O Método SUPERPAVE® permite a estimativa do desempenho de qualquer tipo de mistura asfáltica (virgem ou reciclada, graduação densa ou aberta, modificada ou não modificada por polímeros), tentando evitar a deformação permanente nas trilhas de rodas, as trincas por fadiga e as trincas por origem térmica (baixa temperaturas), além de quantificar os efeitos do envelhecimento, da susceptibilidade à umidade e da perda de adesão. Suas especificações são baseadas, principalmente, em propriedades fundamentais de engenharia, que se relacionam diretamente com o desempenho do pavimento quando submetido às cargas do tráfego e aos agentes climáticos.
A observação do estado de conservação da malha rodoviária brasileira, com muitos casos de insucessos precoces, e as ultrapassadas práticas de projeto, construção e controle de qualidade utilizadas em nossas obras rodoviárias evidenciam a necessidade de revisão dos métodos utilizados no Brasil, com base do que já é feito nos centros de pesquisa de vanguarda na área de pavimentos e materiais asfálticos.